Cota para negros e pardos

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Bom dia pessoal!!!

 

Tudo bom? Como estão?

Gente, estou com uma dúvida enorme!!! Help-me!!! É o seguinte… Vai ter um concurso que vou fazer agora (mas que ainda não fiz a minha inscrição por causa dessa dúvida) que, no edital, saiu 20% de cota para negros e pardos.

Eu NUNCA fui a favor dessas cotas, porque acho que o fato de ser negro ou pardo não significa necessariamente que você teve menos chances do que um “branco” nos estudos. Seria a favor de quotas para aqueles que estudaram em escolas públicas, por exemplo, já que sabemos que o ensino público no nosso Brasil é bem precário…

Eu sou um exemplo dessa injustiça: sou parda, com ascendentes pardos e negros, mas sempre estudei em colégio particular…

É o primeiro concurso de minha área que tem essa quota. Parece que agora todos terão…

Mas estou numa dúvida enorme: me inscrevo para as quotas, ou não?

1 – Não sou  a favor delas. Mas alguns me dizem: mesmo você não sendo a favor, a lei te dá esse direito… E, você e outros se inscrevendo, vão acabar demonstrando que esse sistema de quotas é falho!!! Se não, não vai mudar nunca…

2 – Tenho medo de me inscrever, passar, e ficar com a consciência pesada, porque me utilizei de algo que não acho justo.

3 – Tenho medo de, por ser o primeiro que tem essa quota (nessa área, em específico), que venha a ter alguma confusão. No edital diz que, as pessoas que assim  se inscreverem, serão analisadas por uma comissão, para ver se a declaração é verídica. Acho que a questão da cor parda é mais complicada de se julgar (quem é negro, não tem como contestar… Mas pardo, sei lá…). Não sei como eles julgarão isso. E se depois de passada, eles disserem que não sou parda? Eu sei que branca eu não sou, mas queria ter essa segurança, sabe…

4 – Na minha certidão de nascimento, na parte de cor, eles colocaram um risco… Acho que quando são bebês, e são morenos, dificilmente colocam a cor (não sei hoje em dia)…

5 – No edital diz que é de acordo com o IBGE. Olhei no site do IBGE, e lá diz que os que são chamados de morenos são pardos… Sou morena… Então, acho que não tem dúvida, né?

 

Ai que medoooooo!!! 😐 😐 😐

Estou estudando muito pra essa prova!!! Já pensou o que é eu passar, e lá, a tal comissão dizer que não sou parda? kkkkkk Todos que eu pergunto me dizem: “branca que você não é, né?” kkkkkkkkk

Me contem!! Os concursos estaduais já têm essas quotas há algum tempo… Como que funciona? É quotas para negros só, ou para negros e pardos? Você que é moreno, foi considerado pardo sem problema?

Detalhe: a segunda fase, a proporção de correção dela, com relação aqueles que se inscreverem para as quotas, é de 4:1; Ou seja, serão corrigidas X segunda-fase para quem se inscrever para a quota, e 4X para quem não se inscrever para a quota. Será que a concorrência não vai acabar sendo maior?

Eita confusão na minha cabeça!!! Cada um me diz uma coisa!!! Mas agora preciso de vocês, concurseiros!!! Sei que muitos já passaram por isso, e outros estão com a mesma dúvida… E aí, o que me dizem?  😯  😯  😯

 

Beijos com muita esperança.

 

 

51 Comments

  1. Leonardo

    4 de agosto de 2015 at 11:57

    Vc tem todos os critérios para quem não precisa de uma “ajudinha” e ainda poderá ficar no serviço público pelo resto da sua vida com uma interrogaçãozinha( sofrimento isso). Certamente não vai precisar de cotas para passar, até pq tem tantos negros e pardos inscritos que, com certeza, não fará diferença ter cotas ou não. Se quiser fazer uso não será ilegal, mas é sempre melhor viver leve e realizada.

    • Diario de Concurseiro

      4 de agosto de 2015 at 14:32

      Pois é… Esse é um lado Leonardo… O outro é que posso passar logo (já estou há alguns anos nessa labuta) por algo que a lei me deu direito (não pedi, mas tenho direito apenas pela minha cor…). Se, por exemplo, eu fizer uma boa pontuação, onde eu passaria com as cotas ou não, acho que não ficaria com essa interrogaçãozinha… Mas se eu passar só por causa das cotas, já não sei… :/

  2. Bia

    4 de agosto de 2015 at 15:22

    Isso da proporção pra correção na 2 fase é confirmado? Se realmente for assim, tenho sérias dúvidas se vale a pena a inscrição nas cotas. Acho sim que a concorrência pode acabar sendo maior, dependendo da região do país, nas quais há maior concentração de negros/pardos.

    Hm… É um dilema moral meio complicado. Pessoalmente, se pudesse e percebesse uma efetiva facilitação no meu acesso ao cargo público, eu me inscreveria nas cotas. Contudo, tenho uma amiga que é parda (dependendo de qm vc perguntar, rsrs) e é totalmente contra. Ela acha que se sentiria mto culpada usando deste artifício, já que tem condições econômicas para competir de igual pra igual com todos.

    • Diario de Concurseiro

      4 de agosto de 2015 at 15:27

      Pois é Bia!!! Quanto a região, lá não tem muitos negros/pardos não… Região sul….
      Tô com medo de me sentir do jeito que sua amiga acha que se sentiria… Quero me sentir como você se sentiria… Hahahahhaha

      Beijos!!!

  3. RTR

    5 de agosto de 2015 at 02:10

    Concurseira Concurseira, teoricamente sou pardo. Já tive a mesma dúvida que vc, mas, francamente, não me sentiria bem usando as cotas.. No fundo eu me sentiria “roubando” uma vaga de um branco, as vezes até mais pobre, ou de um “negro” (fenótipo do Pelé), que de fato precisa delas… Fora que é humilhante isso tudo (na minha visão).. Acho que dou conta de passar sem elas ou de me virar na iniciativa privado de outra forma.

    • Diario de Concurseiro

      5 de agosto de 2015 at 12:11

      RTR, esse é meu receio… Estou bem confusa… Porque, de um lado, a lei me deu esse direito… Por outro lado, não acho justo esse critério.. Mas li um comentário sobre as cotas bem mais profundo do que eu já estudei sobre o assunto, e estou começando a ver diferente… Não sei… Só sei que, se eu resolver me inscrever pelas cotas, não estarei cometendo nenhum crime… rsss

      • Arlen

        31 de março de 2016 at 16:33

        Nossos antepassados sanguineos distante, negros antigamente eram tratos como animais enjaulados em senzalas,as negras eram estrupadas ou coagidas pelos donos delas a imoralidade,os negros eram açoitados como cavalos,muitos eram mortos em navios negreiros,e varias outras atrocidades,a cor da pessoa não nega que se foi parente destes,a maioria branca gorvernou sobre os negros e indios por muito tempo,e para quem estudou sabe que a princesa ISABEL,não libertou os negros por se boazinha,mas pelo fato de ser mais economico,por muito tempo não existiu direitos trabalhistas para as gravidas,nem isalubridade e outros beneficios na era industrial,foi uma serie de calamidades que os burgueses (senhores) causaram sobre os plebes (pobres),AGORA SE INDENIZA SE AS GERAÇÕES SANGUINEAS OU NEGRAS POSTERIORES COM O PREMIO DE UM MILHAO CADA NEGRO,NÃO SERIA PARCIALIDADE,DESCRIMINAÇÃO,MAS SERIA JUSTIÇA TARDIA,PARA GERAÇOES POSTERIORES Agora receber emprego,rsrs,por mais que seja estavél,PAGARIA TODA CRUELDADE E DANOS E IRREVESSIVEIS QUE ISSO CAUSOU? Além disso não é um concurso dado de bandeja,tem de se estudar.

  4. RTR

    5 de agosto de 2015 at 02:12

    Na verdade, todo mundo sabe que os negros precisam das cotas nos concursos, o grande problema é que elas não são só para negros, mas para negros e pardos. Assim, pessoas com o fenótipo do Rodrigo Santoro, ou do Marcos Palmeira, que não sofrem discriminação no Brasil, passariam a ter uma vantagem desproporcional. Sou a favor das cotas, mas desde que sejam apenas para negros (pretos), com uma genética africana superior a 80%, somada a uma análise social. Também deveria ter cotas para cargos políticos, principalmente no Congresso

    • Diario de Concurseiro

      5 de agosto de 2015 at 12:08

      Olá RTR, seja vem vindo (a)!!

      Não acha que seria mais justo uma cota para negros ou pardos que viessem de estudo público (que é precário!!)? Porque você concorda que um negro ou pardo que estudou em escola particular, com ótimas oportunidades de estudo, tem a mesma chance de passar em um concurso público que um branco que também teve as mesmas oportunidades que ele?
      No âmbito privado, existe a autonomia da vontade do empregador em escolher quem contratar. Aí sim, fica aberto ao racismo… Mas no concurso não… Entende meu pensamento?

      • RTR

        5 de agosto de 2015 at 12:23

        Não concordo.
        O quê que um concurso de terceiro grau tem a ver com onde a pessoa estudou? Francamente, as escolas privadas estão piores que as públicos em várias cidades (basta ver o ranking do MEC).

        O critério tem que ser objetivo: renda (com o devido cuidado para não beneficiar o filhinho de papai que não trabalha pq é sustentado pelo pai).

        Qualquer outro critério é injusto. Francamente, acho legítimo alguém investir na educação do filho. É um absurdo querer penalizar essas pessoas.

        • Diario de Concurseiro

          5 de agosto de 2015 at 12:33

          RTR,

          Sempre vi a questão sobre o seguinte prisma: de separar uma parte das vagas para aqueles que não tiveram chance de ter um bom estudo. E mesmo sobre esse prisma, sempre me questionei: se a pessoa não teve uma boa base, como essa pessoa vai prestar um bom serviço público? Ou seja, na minha cabeça, sempre foi um “bolo” essa questão das quotas..
          A Amanda falou agora sobre a questão da representatividade… Que temos poucos negros e pardos em cargos públicos, e as cotas aumentariam essa representatividade… eu nunca tinha pensado sobre esse prisma…
          Mas não entendi o que você falou RTR. Com relação as escolas privadas serem piores que as públicas em alguns lugares, acho que isso seja minoria, não?

  5. Wellington Moura Silva

    5 de agosto de 2015 at 09:36

    Viva as cotas. Sou pardo graduado e tenho certa experiência comercial há alguns meses atrás participei de um processo de contratação em uma empresa privada,( construtora ) resumindo meu curriculum e minha experiência era praticamente igual aos outros concorrentes,eu e um outro rapaz negro não passamos nos processos e não entendemos nada e isso infelizmente acontece muito.Não estou me colocando como vitima mais sempre fico com uma pulga atrás da orelha.Será que nossa nação é racista ? os cargos de porteiro ,faxineiros, pedreiros,porteiros ,são exclusivas pra negros e os cargos de lideranças são pra quem ? O senso diz que a maioria da população e genuinamente negra.Como assim ?sera que existem separação ( cargo ,Raça ) ? tirem essa duvida minha ! obrigado felicidades a todos.
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    • Diario de Concurseiro

      5 de agosto de 2015 at 12:06

      Olá Wellington,

      Que existe racismo no Brasil, isso acho que não há como negar. Mas acho que uma cota que vai só pela cor não beneficia só aqueles que realmente precisam. Poderia ser, do tipo: cota para negros que estudaram em escola pública. Ou então: cota para aqueles que estudaram em escola pública. Porque você concorda que um negro ou pardo que estudou em escola particular, com ótimas oportunidades de estudo, tem a mesma chance de passar em um concurso público que um branco que também teve as mesmas oportunidades que ele?
      No âmbito privado, existe a autonomia da vontade do empregador em escolher quem contratar. Aí sim, fica aberto ao racismo… Mas no concurso não… Entende meu pensamento?

      • Amanda

        5 de agosto de 2015 at 12:12

        Depende do concurso público. Há muitos concursos públicos com prova oral. Aí a subjetividade reina.

        • Diario de Concurseiro

          5 de agosto de 2015 at 12:14

          Verdade…. o do meu caso não tem…. Mas já soube de casos onde reinou o racismo na prova oral… :(

    • RTR

      5 de agosto de 2015 at 12:11

      Respondendo à sua pergunta.
      Segundo o IBGE, a população preta representa 8% da população. Já a parda, 43%.
      Ou seja, o Brasil é de maioria branca. Vemos isso nas ruas. De fato, a população negra está mais concentrada nas camadas mais pobre, mas não se pode ignorar existem pessoas brancas pobres, e muitas. Segundo o IBGE, chega a 35% da população pobre.

      Francamente, vc mesmo disse que não é negro (em sentido estrito), mas pardo. Também disse que é graduado. Vc não faz jus às cotas (pelo menos não deveria).

      • Diario de Concurseiro

        5 de agosto de 2015 at 12:18

        RTR,

        Intrigantes esses dados… São novos pra mim… Sou parda, e não negra… E, de início, pensei que a cota era apenas para negros… Me surpreendi quando vi “pardos” lá…
        Pois é, na minha opinião, sua última frase foi correta, e a penúltima incorreta… rss Eu não deveria fazer jus a essa cota (por isso a acho injusta), mas faço jus a ela pela Lei… Estou tentando encontrar os fundamentos da lei que criou essas cotas… Obviamente foram feitos estudos, não é? Queria ver quais fundamentos eles utilizaram pra justificar…

        • RTR

          5 de agosto de 2015 at 12:30

          Concurseira,

          Aproveito para uma denúncia. Sou servidor público federal. Quando ingressei, preenchi uma ficha, na qual marquei na pergunta raça a opção “raça indefinida” (ou “não declarada”, não lembro ao certo.)

          Sempre que acessava o SIAPE, a informação estava lá, do jeito que informei. Antes da Lei de cotas, sem avisar nem nada, o Governo excluiu essa opção. Todos que estavam como “não declarado” o governo colocou como BRANCO.

          Obviamente, a intenção foi de alterar os números para justificar as cotas. Achei um absurdo!! Uma falta de respeito, já que não me identifico como branco!

          Onde eu trabalho, a maioria é de pardos. De fato tem poucos “pretos”, mas juro que nunca vi “pardo” ser preterido no que quer que fosse.

          No fundo, a intenção real é de ganhar votos da população parda e negra. Essa medida não vai resolver o problema dos negros que moram nas favelas, mas gerar sentimentos de revanche e ódio entre as pessoas.

          • Diario de Concurseiro

            5 de agosto de 2015 at 12:46

            Nossa RTR!! Que absurdo!! Mas no Brasil, sempre há um forte interesse político por trás de tudo, não é? Infelizmente…
            Você assistiu o vídeo que a Amanda recomendou aqui no blog? Super interessante!!!
            Quanto a pardo ser preterido, deixa eu contar um pouco de uma situação que aconteceu comigo. Como disse, sou morena (ou parda, e não negra). Meu marido é bem branco, com descendência de europeus… Um dos membros da família dele comentou com outro “como que ele foi casar com uma “preta”… Daí você tira como anda nosso Brasil…
            E já sofri preconceito também quando fui prestar concurso em Curitiba… :( E olha que sou parda, e não negra… Imagina os negros…

          • RTR

            5 de agosto de 2015 at 13:44

            Também sou pardo, estilo o do Latino.. Nunca sofri discriminação. Claro que há exceções, mas são poucas e estão relacionadas com poucos ambientes. Não é a regra, como é com os pretos..
            Quando falo em pardo, refiro-me a pessoas com o tom de pele e aparência do Rodrigo Santoro ou do Cauã Reymond. Essas pessoas estão longe de sofrerem racismo. Também não é possível garantir se a tonalidade parda veio de uma ascendência africana, indígena ou árabe. Ou seja, a política de cotas não faria sentido para esse grupo.

            Quem sofre discriminação é o preto, o gordo, o baixinho, o gay (com trejeitos) etc. Talvez o mais justo fosse criar uma cota para pobres e outra genérica para pessoas que sofrem com a discriminação (devendo ser regulamentado quem seriam). Assim, alcançamos um meio-termo, bom para todos, sem que as pessoas criassem um sentimento de injustiça.

          • Diario de Concurseiro

            5 de agosto de 2015 at 14:00

            Sou um pouco mais escura que o Latino eu acho… E sofri esses preconceitos ridículos… Imagino aquele que é negro, como a probabilidade aumenta sensivelmente de sofrer preconceito.
            Estava lendo a Lei que criou as cotas… ela tem validade por 10 anos… Interessante, não?

            RTR, já está seguindo o blog? O que achou dele? Queria sua opinião… Deu uma olhada nos outros temas?

  6. Amanda

    5 de agosto de 2015 at 11:48

    Oi! Essa questão de proporção para correção não é um problema que você precise levar em consideração. As cotas são um benefício e, nunca um malefício. Ex: Se forem reservadas 20% de vagas para negros e pardos, quem conseguir pontuação para passar fora das vagas, passa. Quem não conseguir, se beneficia das vagas reservadas. Então, os 20% são um patamar MÍNIMO de negros e pardos que devem entrar. Do contrário, seria o mesmo que estabelecer 20% de quotas para negros e pardos e 80% de quotas para brancos e outras etnias, o que seria realmente discriminatório.

    • Diario de Concurseiro

      5 de agosto de 2015 at 12:00

      Hum…

      Então se eu fizer uma pontuação alta, não utilizarei dessa cota? Passarei pelo sistema normal?

      • Amanda

        5 de agosto de 2015 at 12:01

        Alguns editais são expressos nesse sentido, mas creio que sim. Você só se beneficiará das cotas se você precisar delas. Isso ocorreu recentemente num caso de PNE. A PNE passou em primeiro lugar e não entrou como PNE, mas como candidata normal.

        • Diario de Concurseiro

          5 de agosto de 2015 at 12:19

          O edital do meu concurso está bem confuso… :/

        • Diario de Concurseiro

          5 de agosto de 2015 at 12:22

          Olha isso Amanda!!

          O candidato classificado que, no ato da inscrição, declarou-se preto ou pardo, terá seu nome publicado em lista específica e figurará também na lista de classificação geral, caso obtenha a pontuação necessária para tanto.
          2. O candidato negro concorrerá concomitantemente às vagas a ele reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência, de acordo com a sua ordem de classificação no concurso.
          2.2 O candidato negro aprovado dentro do número de vagas oferecido à ampla concorrência não será computado para efeito de preenchimento das vagas reservadas a candidatos negros.

          Então, é essa situação que você falou, não é?

          • Amanda

            5 de agosto de 2015 at 12:25

            Isso. Exatamente o que falei. =)

          • Diario de Concurseiro

            5 de agosto de 2015 at 12:49

            Isso tira um peso do coração, porque tenho muita fé que me darei bem nesse concurso… E aí, se no caso eu tirar uma boa nota, não estarei “tomando a vaga” de ninguém, apesar da própria lei me dar o direito de me utilizar dessas vagas…
            A propósito, assisti o vídeo e adorei!!! Incrível como nosso cérebro funciona, não é? Super indico para todos aqui assistirem!!!

        • Diario de Concurseiro

          5 de agosto de 2015 at 13:10

          Amanda, olha o que a LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014, que “Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União” diz:

          Art. 3o Os candidatos negros concorrerão concomitantemente às vagas reservadas e às vagas destinadas à ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso.

          § 1o Os candidatos negros aprovados dentro do número de vagas oferecido para ampla concorrência não serão computados para efeito do preenchimento das vagas reservadas.

          O edital copiou o texto da Lei… Então, todos devem ser assim…

          • Amanda

            5 de agosto de 2015 at 13:33

            Que ótimo! Pelo menos isso resolve um dos seus dilemas. =)

          • Diario de Concurseiro

            5 de agosto de 2015 at 13:40

            É… mas adorei toda essa discussão!!! Foi super esclarecedora, assim como outras de outros temas que tivemos aqui!!

            Já curtiu o blog? Dá uma olhada nos temas anteriores, e nos comentários… Sempre estamos voltando a temas já postados!!!

            Alias, aproveitando: o que você achou do blog? queria sua opinião… Opinião de pessoa sensata sempre é bom!! Hahahahahha

            Beijos!!!

  7. Amanda

    5 de agosto de 2015 at 12:24

    Sou branca e a favor das cotas. As cotas não existem apenas por uma questão de “consegue ou não passar”, “teve ou não boa educação” ou “teve ou não acesso”. O que importa, efetivamente, é a questão da representatividade. Quantas pessoas negras e pardas, que representam boa parte da população, ocupam altos cargos públicos e privados no BR? E quantos brancos ocupam? Se um negro ou pardo vê que existe a mera possibilidade de ocupar altos cargos, ele, de fato, se esforça mais para alcançar isso. Recomendo esse video para aprofundar sobre o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=qip5YJw-f9c.
    É claro que, como todas as medidas de discriminação positiva, as cotas devem ser temporárias até que se atinja a igualdade material.

    • Diario de Concurseiro

      5 de agosto de 2015 at 12:26

      Amanda, nunca tinha pensado sobre o prisma da representatividade…

    • RTR

      6 de agosto de 2015 at 10:13

      A verdade é que essa questão de esteriótipo definitivamente não se aplica ao serviço público. Muito pelo contrário. O que vemos quando vamos a qualquer repartição pública, principalmente prefeituras, nas escolas e no INSS é uma maioria de pardos e alguns negros. A imagem que a sociedade tem do serviço público não é das melhores, mas de um lugar de pessoas acomodadas, insatisfeitas e que vivem fazendo greves.
      A solução para esse problema dos esteriótipos deveria ser feita na mídia, nas novelas e principalmente no Congresso Nacional.. É aquela coisa: pimenta nos olhos dos outros é refresco. Isso explica porque engavetaram o Projeto de cotas no Congresso.

      • Diario de Concurseiro

        6 de agosto de 2015 at 11:22

        Pois é…

  8. Amanda

    5 de agosto de 2015 at 14:09

    Vi só essa postagem, mas gostei sim, pois esse é um dilema que muitos concurseiros têm e quase ninguém fala a respeito. Rola muito preconceito e mito. Vou voltar aos meus estudos, mas depois dou uma olhada nos outros temas. =)

    Para um aprofundamento ainda maior, envolvendo outras questões (dívida histórica por causa da escravidão, etc.), vou fazer outra recomendação, mas essa é um pouco mais demorada. Recomendo o livro “Justiça: o que é fazer a coisa certa” do Michael Sandel. Ele está disponível em quase todo lugar e tem um capítulo que fala especificamente sobre ações afirmativas.

    • Diario de Concurseiro

      5 de agosto de 2015 at 14:12

      Muito obrigado Amanda!!! Não some não, tá?? Vou voltar aos estudos também!!

      Beijos!!!

  9. Deise

    10 de agosto de 2015 at 13:12

    Eu acho muito estranho quando alguém diz que não sabe se é parda(o).
    Pardo é quem é filho ou neto de negro (mulato). Rodrigo Santoro ou Cauã Reymond não são pardos, são homens brancos com melanina na pele.
    Minha tataravó era escrava e se essa geraçao esqueceu o que aconteceu durante a escravidão é só buscar alguns filmes na internet para se atualizar.
    Sou parda, sempre estudei em escola publica (e escola publica ruim sem professores), tive que trabalhar cedo e só agora com 38 anos estou conseguindo fazer faculdade (e a distancia), trabalhando e estudando para concurso.
    Trabalho com pessoas que enriqueceram de forma facil e colocam os filhos (de forma desonesta na empresa) e não se sentem mal.
    Então eu não entendo porque EU, porque TU tem que se sentir mal em entrar em um concurso para a vaga de um emprego (isto é, tu vai trabalhar, tu não vai receber uma bolsa mensalmente) através das cotas que a lei nos dá direito. E temos que passar no concurso, quer dizer, burros não entram.
    Sinceramente eu acho muita fraqueza de espirito ter medo de entrar pelas cotas porque alguns brancos acham errado e só acham errado porque não estão sendo beneficiados.
    Muitos me dizem que tem medo de sofrer quando assumirem … Quem vai trabalhar no Tribunal Regional do Trabalho e vai querer um processo de assédio moral nas costas? porque é isso que eu farei se sentir que estou sendo prejudicada de alguma forma.
    É isso que sempre fizeram e sempre farão: FAZER TU TE SENTIR ENVERGONHADA E FAZER TU TRABALHAR 3X MAIS PARA CONQUISTAR QUALQUER COISA. Enquanto muitos estão estudando em casa sem trabalhar, vem de escolas e cursos ótimos porque tem condições.
    Se tu tem condições te pergunta porque … Tudo o que eu tenho hoje eu devo aos sacrificios da minha mãe, que teve que trabalhar 3x mais para conquistar o pouco que conquistou.
    Eu pretendo usar as cotas para meus filhos não precisarem e é essa a idéia da lei, por isso ela tem tempo de existencia.
    Pense na tua vida e em como ela esta.
    Pense em como as coisas aconteceram pra ti.
    Não existe um pardo que não saiba que é pardo, porque os pardos carregam em sua familia o sofrimento da escravidão.
    Me escrevi pelas cotas com muito orgulho, pois finalmente algo me beneficia neste país.

    • Diario de Concurseiro

      12 de agosto de 2015 at 02:10

      Deise,

      A calmaria pra meu coração demorou, mas chegou!!! Muito obrigado pelas palavras!!!! Você arrancou o pouco de agonia que tinha nele!!
      Essa questão das cotas, como eu disse aqui, sempre foi uma questão muito conturbada em minha cabeça. Ora eu via com bons olhos, ora não via. E esse post, sem dúvida, foi o mais produtivo pra mim!!
      Aprendi muito com ele; aprendi a ver as várias vertentes da questão das cotas.
      E você disse tudo: eu não me inscrevi pelas cotas e passei automaticamente no concurso; vou ter que estudar muito para conseguir êxito, como já venho estudando há anos.
      E sim, tive condições de estudar em boas escolas graças ao esforço legítimo e admirável de meus familiares. Não tenho o porquê de me “punir! por isso.
      Meu avô é negro, meu pai era pardo do cabelo crespo, eu sou morena do cabelo ondulado. Então sim, a lei me deu direito. Sim, eu me inscrevi pelas cotas pela primeira vez. e não, eu não tenho mais nenhum tipo de remorso por isso!!!

      Muito obrigado querida!! Seja bem vinda ao meu blog!!! Apareça sempre por aqui!!

      Beijos

      • Nina

        11 de novembro de 2015 at 13:01

        Melhor comentário. Eu tenho cabelo crespo e minha pele é clara. Então tem gente sempre me dizendo, nossa mas como você é branquinha para andar nesse sol quente, e outras coisas do tipo. Só que eu não me considero branca, nunca considerei. Meu pai que é branco não me considera branca, já minha mãe que é mestiça, acha que sou.
        Já sofri preconceito devido ao meu cabelo crespo, mas nunca pela cor. Meu nariz é de um formato característico dos negros.
        Sempre me senti prejudicada por ser de origem pobre e ter estudado sempre em escolas publicas ruins. Não fiz inglês, não fiz intercambio e trabalho 44h semanais para ganhar 2 salários mínimos. Não posso me dar ao luxo de largar meu emprego para apenas estudar.
        Mesmo assim me questiono se tenho direito de me candidatar as cotas.

        • Diario de Concurseiro

          13 de novembro de 2015 at 09:41

          Oi Nina,

          Complicado isso, não? Acho que o governo instituiu essas cotas, mas faltou passar mais informações aos cidadãos. Porque quem é negro, sabe que e negro. Mas, e o pardo? Essa não é uma nomenclatura utilizada no cotidiano (pelo menos aqui onde moro, não é)… Aí fica a grande dúvida…

          Será que não existe algum lugar em que podemos procurar mais informações?

          Beijos querida!!! =D

  10. GFSF

    7 de dezembro de 2015 at 13:50

    Olá, minha certidão de nascimento consta “cor morena”. Terei problemas com autodeclaração Negro/Pardo? Posso ser reprovado ? Alguém pode me aconselhar ?

    • Diario de Concurseiro

      7 de dezembro de 2015 at 14:40

      Olá GFSF,

      Acredito que moreno seja pardo, não? Porque moreno é quem não é branco, e nem negro.
      Mas pelo que vi, ele snão levam em consideração o que consta na certidão…

      • GFSF

        7 de dezembro de 2015 at 21:25

        O que é que eles levam em consideração? Apenas a declaração ? Presto concurso para magistratura estadual, acredito que esta análise é feita na 3 etapa (sindicância da vida pregressa e investigação social), na inscrição definitiva. Vc tem ou sabe alguma experiência ou relato sobre esta questão ? Me sugere que marque a opção pelas cotas? Desde já agradeço.

        • Diario de Concurseiro

          10 de dezembro de 2015 at 10:15

          Dá uma olhada nas respostas dessa postagens e da outra postagem referente ao mesmo assunto GFSF. Tem gente que presta concurso da magistratura que trouxe relatos pro blog. Acho que eles seriam mais indicados pra opinar.. =D

  11. lola

    15 de dezembro de 2015 at 16:51

    é uma lei que busca minimizar o efeito dos privilégios, mas não especifica seus critérios, cabendo muita interpretação ou ”sabedoria” por parte dos candidatos.
    E crescente é o número dos que se declaram pardos ou negros, basta ver a crescente onda de auto declarações em concursos da magistratura, por exemplo.
    Confesso que não tenho uma opinião consolidada em relação ao assunto.
    Sou morena, tenho cabelo levemente ondulado e na certidão de nascimento consta como parda. Sempre estudei em escolas particulares. Seria justo e honesto me inscrever como negra? Não sei, sinceramente.
    Vale olhar as decisões que vêm sendo dadas pelos tribunais. Nesses dias, afastaram os candidatos de um concurso porque ” verificaram por fotos que eles não se enquadrariam no negro-pardo”. Tem decisão do TRF reinserindo candidato eliminado por não ser considerado negro pela comissão , devendo prosseguir nas fases posteriores.
    O fato é que é tudo muito novo mas os concursos estão aí e as dúvidas também.

    • Diario de Concurseiro

      17 de dezembro de 2015 at 12:46

      Exatamente Lola!!! O Pior são as dúvidas… Mas, depois de muito pensar, venho me inscrevendo nos concursos como parda viu… E minha situação é bem parecida com a sua..

  12. SOUZA

    28 de dezembro de 2015 at 17:37

    Ola
    Eu sou branca,mas na minha certidao de nascimento esta como morena. Posso entra pela cota ou nao?

    • Diario de Concurseiro

      31 de dezembro de 2015 at 00:35

      Olá Souza,

      Acredito que não influencie o que tenha na certidão, e sim o seu físico… Mas apenas acredito, porque você já sabe, não é? Esses critérios são um mistério!!!

      Beijos e seja bem vinda!!!

  13. Tatiana

    18 de fevereiro de 2016 at 21:19

    Bom, pra mim o que vale é o que está na certidão de nascimento, se é pardo é o que tá valendo. E se a lei te da esse suporte não vejo o porque de tanto questionamento, se vc é branco, pardo ou negro e não fizer uma boa prova não irá alcançar o cargo independente da cor ou raça.

    • Diario de Concurseiro

      18 de fevereiro de 2016 at 21:20

      Tatiana, nem toda certidão vem a cor…

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